Coluna de agosto da Revista Somando!
Adriano Canabarro Teixeira
Doutor em Informática Aplicada a Educação, pós-doutor em Educação, professor e pesquisador do Curso de Ciência da Computação e dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação da UPF.
Contato: teixeira@upf.br
Embora já não seja propriamente uma novidade entre profissionais da área de Tecnologia da informação, entre os geeks e nerds(*), para a grande maioria da população o termo “Computação nas Nuvens”, além de estranho, conjuga duas palavras que, a princípio, nada têm a ver uma com a outra. Na condição de quem reconhece o potencial e a importância desse conceito no mundo e na vida das pessoas, gostaria de contribuir com algumas informações sobre este poderoso recurso utilizado diariamente por empresas, governos, instituições e pessoas no mundo inteiro - inclusive por você - e sobre o qual ainda temos um longo, desafiante e empolgante caminho a trilhar.
A palavra computação não exige nenhum grande esforço de interpretação. O termo faz referência a dispositivos tecnológicos capazes de armazenar e processar informações, como computadores de mesa e notebooks, por exemplo. Máquinas eletrônicas que necessitavam de softwares específicos instalados em seu disco rígido para que pudéssemos fazer uso e dentro das quais armazenávamos nossas informações, fossem elas textos, músicas, filmes ou de qualquer outra natureza. Atentem para o tempo de conjugação dos verbos da última frase. Sim, a cada dia que passa dependemos menos dos recursos do nosso próprio computador e da capacidade que a máquina possui de armazenar as informações que geramos.
Como eu disse, até aqui nenhum mistério. Mas e o termo “nuvem”? Essa palavra faz referência a quê, exatamente? Simples, à rede mundial de computadores, à internet. Quando digitamos um endereço da internet em nosso navegador, a página que nos é mostrada está armazenada em um computador que pode estar localizado em qualquer lugar do mundo. A milhares de quilômetros em um prédio comercial ou em uma estrutura menos convencional, como é o caso do Data Center de Pionen, localizado na antiga fortaleza nuclear de White Mountain, em Estocolmo (Suécia) - sobre isso vale a pena dar uma espiada nas fotos disponíveis em https://bahnhof.net/. De qualquer forma, dada esta impossibilidade de precisar sua localização, cunhou-se uma expressão que pudesse dar a ideia de que a informação existe, mas está em algum lugar, está nas nuvens. Ou seja, não precisamos mais daquilo que temos instalado ou armazenado em nosso computador, uma vez que as aplicações e os dados se encontram nas nuvens, na internet.
Assim, Computação nas Nuvens se refere à possibilidade de, a partir de um único programa instalado em nossos computadores - o navegador -, utilizar serviços equivalentes aos demais programas a que comumente temos acesso em nossos aparelhos, como processadores de texto, reprodutores de música e vídeos, ou qualquer outro de que precisemos. Da mesma forma, a partir deste conceito de computação, podemos armazenar nossos dados que estarão protegidos por senhas. Arrisco a dizer que rumamos para uma realidade em que a computação nas nuvens será a forma predominante de utilização da tecnologia em um curto espaço de tempo!
Portanto, preparem-se para as nuvens e protejam suas senhas! Para quem quiser saber mais, sugiro este vídeo:
(*) Sem ofensas! Afinal, no mundo em que vivemos a competência técnica na área de informática vem ganhando contornos de glamour e requinte, seja na vida real, onde as grandes empresas de internet são chefiadas por jovens de bermudas e chinelos, e seriados televisivos como “The Big Bang Theory” os têm como protagonistas.
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[Somando de junho de 2014]
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[Somando de Março 2014]
[Somando de Fevereiro 2014]
[Somando de Janeiro 2014]
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