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#BePart! Faça parte

Coluna da revista Somando
Abril 2015


#BePart - Faça parte
http://thecommunicationrevolution.com.br/


Adriano Canabarro Teixeira
Doutor em Informática Aplicada em Educação, pós-doutor em Educação, professor e pesquisador do Curso de Ciência da Computação e dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação da UPF.
Contato: teixeira@upf.br


Pensar como as tecnologias contemporâneas transformam a sociedade pode ser um diferencial fundamental para a vida das pessoas, para a competitividade das empresas, para a definição de estratégias e para a transformação do mundo a partir de nossas ações sobre ele. A premissa de abril traz exatamente este aspecto da revolução que estamos vivendo: a possibilidade de fazermos parte de fato da revolução digital: #BePart!



O texto motivador da premissa diz que a cultura da participação rejeita fortalezas, muros altos e intransponíveis. O encastelamento é inaceitável: construa aberturas nos lugares onde ainda há muralha, participe, compartilhe, aproxime-se, humanize-se. Você tem todos os meios e os melhores motivos para fazer parte. Logue-se logo e descubra as várias oportunidades que o mundo multidimensional oferece. Como todas as premissas, esta está baseada no nível de conexão entre pessoas proporcionado pela internet. Antes de continuar, é preciso deixar claro que tenho consciência dos desdobramentos negativos que este contexto institui - podemos tratar dele no blog http://nossacibervida.blogspot.com -, mas opto por refletir acerca do potencial que a possibilidade de fazermos parte carrega.
As redes sociais permitem que as pessoas participem do que está acontecendo no mundo, abrem espaço para que todos façam parte de processos a que antes não teriam acesso, como por exemplo, relatar ao mundo o contexto em que vivem e suas percepções sobre este, atividade até então realizada somente pelos profissionais de jornalismo, ou, ainda, de ensinar alguém sobre determinado assunto que domina, prática normalmente exercida pela educação formal. Mais uma ressalva: não preconizo o fim dos jornalistas ou professores. ;-)
No mundo da participação, a coletividade nunca teve tanta força. As tecnologias possibilitam um pensar coletivo, que mescla o local e o global, permitem que as pessoas permaneçam conectadas, fazendo parte de um grupo unido pela tecnologia, independente de onde se esteja fisicamente. A ideia de que na Internet todo mundo seria solitário não se consolidou, pois as pessoas a utilizam para conversar com pessoas que estão geograficamente distantes.
Ao mesmo tempo em que este nível de participação acaba gerando um grande número de superficialidades, também é possível ter acesso a muito conteúdo de qualidade sobre os mais diversos assuntos muito rapidamente. As mídias sociais abrem espaço para que se forme opinião, não mais com as mídias tradicionais, mas com seus contatos. A grande revolução está no fato de que todo indivíduo pode ter audiência. Audiência esta que será diretamente proporcional à relevância e à qualidade de suas manifestações.
Informação é poder, mas compartilhar é ainda mais. Para finalizar, deixo uma questão para se pensar sobre: É possível imaginar o momento em que toda a sociedade tiver acesso a todo o conhecimento gerado e puder aplicá-lo na resolução de seus problemas cotidianos?
#BePart! Ou faça parte dos excluídos do mundo contemporâneo!


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